Concórdia – O prefeito de Concórdia, Edilson Massocco, comentou nas últimas horas sobre a situação da Área Azul e as reclamações de motoristas sobre o número de multas aplicadas no estacionamento rotativo do município. Segundo ele, a Prefeitura tem ciência das críticas e busca soluções que conciliem organização, orientação e sustentabilidade do sistema.
Massocco destacou que há uma licitação vigente com validade de cinco anos para a operação do estacionamento rotativo, seguindo exigências legais. “A lei exige que tenha fiscalização. Lembro que, quando não tinha estacionamento, também era uma bagunça. Nós temos que trabalhar organizados”, afirmou.
O prefeito enfatizou que o objetivo da gestão não é punir, mas orientar e garantir a rotatividade das vagas. No entanto, ele explicou que o sistema precisa ser financeiramente viável. “Hoje, ele não é sustentável. O que se arrecada com créditos não paga os custos. Em 2024, foram aplicadas cerca de 15 mil multas, somando R$ 2,2 milhões”, relatou.
Um levantamento realizado pela istração municipal mostrou que cerca de 85% das infrações foram registradas por falta de crédito no sistema. “Ou seja, são pessoas que não colocaram crédito. Mas por que não colocaram? Muitos têm dificuldade com o aplicativo, ou não conseguem usar o paquímetro. Tem que ter cartão de crédito, tem que ter PIX”, explicou Massocco.
Para facilitar o uso do estacionamento rotativo e reduzir o número de multas, o prefeito anunciou uma nova forma de pagamento: um tag eletrônico que será disponibilizado aos motoristas. “A pessoa compra o tag, carrega com crédito, cadastra a placa do veículo e pendura na chave. Quando estacionar, basta ar no paquímetro e, ao sair, ar de novo. Vai pagar só pelo tempo usado”, detalhou.
O uso do aplicativo continuará sendo permitido, mas o novo sistema com o tag ampliará as opções para quem tem mais dificuldades tecnológicas. “A gente quer diminuir praticamente todas as multas. Vai depender das pessoas que utilizam. A população também precisa se ajudar”, concluiu o prefeito.