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Choque entre China e EUA gera oportunidades e desafios para o Brasil, avalia economista

Concórdia – Nossa equipe de jornalismo conversou na manhã desta quinta-feira, dia 8, com o economista e fundador da A9 Educação Corporativa, Alexandre Weimer.

Na ocasião o especialista fez alguns apontamentos importantes sobre as tensões comerciais entre a China e os Estado Unidos, intensificadas com a imposição de tarifas durante o governo de Donald Trump, que vem provocando impactos diretos no comércio global, e o Brasil não ficou de fora. De acordo com o economista, o cenário abriu espaço para oportunidades, mas também trouxe desafios para a economia brasileira.

Mas afinal o que se pode esperar do agronegócio brasileiro frente a essa disputa comercial?

Segundo Weimer, a disputa fez com que a China deixasse de importar alguns produtos norte-americanos e buscasse novos parceiros. Isso beneficiou setores do agronegócio brasileiro, como soja, milho e carne suína.

“Só no primeiro trimestre deste ano, as exportações de carne suína cresceram tanto em volume quanto em faturamento, impulsionadas em parte pelo realinhamento global causado pela guerra comercial” comenta.

No entanto, o economista alerta para um efeito colateral importante: o redirecionamento da produção chinesa que antes tinha como destino os EUA. Com menos espaço no mercado americano, a China ou a vender mais para outros países, inclusive o Brasil. Isso trouxe concorrência acirrada e pressionou o mercado interno com produtos de preços mais baixos, afetando parte da indústria nacional.

A principal consequência dessa tensão, segundo Weimer, foi a quebra de confiança entre os dois gigantes econômicos. Mesmo com a previsão de uma primeira rodada de negociações marcada para este sábado, dia 10, o dano à credibilidade mútua já está feito, e isso pode abrir brechas para o Brasil ampliar seu protagonismo no comércio internacional.

Ainda assim, o economista ressalta que o mercado tende a se autorregular e que os próximos movimentos serão decisivos.

“Tudo são previsões. Precisamos acompanhar o mercado. A mudança no fluxo do dinheiro impacta diretamente os negócios, mesmo para quem não atua no agro”, destaca. Ele cita como exemplo a cidade de Concórdia, onde muitas empresas ligadas ao agronegócio dependem diretamente dessa dinâmica.

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